quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Feliz ANO NOVO a todos!

Bom gente, queria mandar um FELIZ ANO NOVO para todos... Embora a passagem de ano seja apenas algo simbólico, eu espero que muitos tenham como 2009 um novo recomeço... Repensar naquilo que nós somos, naquilo que fazemos ou deixamos de fazer... Nesses últimos dias, deu um acontecimento que me fez acordar pra vida e repensar minhas atitudes, e quero que saibam que esse ano estarei fazendo tudo diferente... Vou me esforçar pra me tornar uma pessoa melhor... =)

Aproveitar, e mandar aí pra vocês o que considero a melhor banda de New Metal cristão que já ouvi... Espero que curtam o som, porque eu curti pra caramba (mas se você não curte guitarras pesadas, pelo menos veja a letra, hehehe)...


These 5 Down - "Low"

I heard about what you do to your family, to your friends.
I heard about what need, the thing you feed, your soul that bleeds.

How low did you go to get that high!
How low did you go to get that high!
How low did you go to get that high!
How low did you go to get that high!

I bet you
I bet you did it, I bet you did it
I bet you did it, I bet you did it
All from the bottom of your deep black pit
Crawled out from the cracks
In the streets where you live
With a knife in your hand
Stabbed a friend in the back
For his last ten spot and a link off his neck


Meu primeiro post: minha vida!

Na minha infância, sempre apostavam muito em mim. Diziam que eu era uma pessoa inteligente, que teria futuro. Aos 12 anos devorei um livro inteiro sobre astrofísica e física teórica. Uns poucos anos depois, dei palestras para colégio inteiro, tive contatos com físicos em observatórios. Os anos foram passando, e bom, não consegui conquistar nada. Estava com uma sensação de incapacidade. E bom, esse foi o estopim!

Meu ano de 2007 tinha sido terrível. Eu tive que parar meus estudos, não conseguia trabalho (consegui um, mas só durei um mês). Permanecia trancado no meu quarto o dia inteiro, dormia 14 horas por dia. Eu era difamado pelas pessoas ao meu redor (até mesmo de família). No final de 2007, e no começo de 2008, eu entrei numa depressão profunda. As pessoas mais próximas de mim percebiam isso! Minha vida começou a ser destruida por situações, armadilhas, criando barreiras e impedimentos.

No começo do ano (2008), minha vida começou a voltar a caminhar, mas tudo ainda estava desmoronando. Larguei a igreja, pois eu considerava hipocrisia a minha presença naquele lugar. Eu saia pra beber, e me envolvi com drogas, numa tentativa de esquecer e tentar amenizar tudo o que eu passei e estava passando. E não vou mentir, era divertido. Mas era uma realidade distorcida, aos poucos o real problema vai aparecendo. Um tempo depois eu estava tão no poço, que já pensei em suicídio. Eu dirijo, e várias vezes já tive a loucura de pensar em acelerar o que pudesse, e jogar o carro na frente de um muro, porque quem sabe assim eu poderia acabar com todo o meu tormento. Já tentei tomar dezenas de remédios, e ir dormir. Seria só esperar: um suicídio silencioso e sem sofrimento. Mas parece que a falta de coragem de tirar a própria vida nos torna mais miseráveis ainda.

Em setembro eu surtei com meus pais. Nesse período, disse a eles tudo o que sentia: que era um fracasso, que eu era uma decepção para eles pois eu não trabalhava, eu não estudava numa faculdade renomada, sendo que eles sempre esperavam muito mais de mim. Nesse momento, minha mãe (que já sofreu de depressão) disse pra mim: “Brunno, eu sei como você está se sentindo”. E disse pra mim palavras que nunca vou esquecer. Comecei a tomar remédios anti-depressivos, ficava monitorando o meu comportamento e os meus pensamentos o tempo inteiro numa esperança de, um dia, tentar me livrar do buraco que cavei.

Eu considero música a minha vida! Em estilo musical, eu sou fã de Metal, como New e Industrial, que tem um som com guitarras e vocais pesadíssimos. Rodando pela Internet, eu dei de cara com um testemunho no YouTube. Era de Brian Head Welch, ex-guitarrista do Korn, sobre como ele estava na depressão e nas drogas, ele encontrou Deus, e sobre como Ele mudou sua vida. Eu me emocionei muito com o testemunho dele, quase senti vontade de chorar. Aquilo ficou na minha cabeça por dias e um certo dia, pela primeira vez em meses (arriscaria dizer “anos”), orei dizendo: “Deus, se o Senhor existe, eu quero isso pra mim! Quero que mude minha vida!”.

Em novembro (três meses depois) eu falei pra minha mãe que o meu anti-depressivo estava quase acabando, mas eu olhei pra bula em cima da mesa, pensava no que todos à minha volta viam em mim, e disse a mim mesmo: “não, eu não quero isso, não quero continuar tomando remédios durante anos pra tentar me manter equilibrado”. Eu larguei os remédios anti-depressivos numa esperança de que pudesse me manter estável, sem o Cloridrato de Fluoxetina (também conhecido como Prozac).

Ok. Eu havia colocado Deus na minha vida, mas não queria só por dizer. A pergunta crucial era: “como fazer isso? como eu posso sentir algo que eu não vejo?”. Em dezembro, um dia estava me sentindo muito angustiado. Minha vida estava ficando mais “normal”, mas ainda assim estava tudo tão estranho. Estava tomando banho, e me veio uma tristeza súbita. Na hora me deu vontade, e eu comecei a orar. Comecei a falar com Deus, comecei a dizer tudo o que me perturbava, tudo o que eu era no passado, das coisas que me arrependo. É estranho, mas naquele momento, eu tinha certeza que Ele estava me ouvindo. Durante a oração comecei a chorar, mas algo de dentro mesmo! Não deu pra ficar de pé, eu ajoelhei no chão e continuei. Quando eu me levantei, eu me senti leve, como nunca havia sentido antes. Eu sentia o amor de Deus até mim. Eu senti Deus dizendo: “eu não te culpo, eu te amo”.

Sabe, quando a gente muda radicalmente nossas vidas, dessa maneira, parece que a gente recebe o dom de entender a vida. Entendemos nosso objetivo, entendemos o que precisamos. Não precisamos de drogas. Não precisamos de remédios anti-depressivos, nem de facas ou armas. Não precisamos de bruxaria ou coisas demoníacas. Não precisamos preencher o vazio com atos que não convém. Como diz uma música do Head: “se batermos à porta, Deus vai abrí-la”… Brunno Pleffken Hosti não estaria aqui se não fosse por Deus, se não fosse pelo que Ele fez, e estou aqui - vivo - pelo que Ele irá fazer.

Assim como Deus me mostrou que Ele é a resposta, e meus pais, que me mostraram que não temos o porquê de nos afundar pois temos pessoas que se importam com a gente, eu tenho como meta mostrar que nem tudo está perdido. Não espere que Deus venha bater na sua porta e perguntar: “precisa de ajuda?”. Nós é que devemos buscar à Ele! Se O buscarmos, ele irá te acolher, como acolheu a mim.

Amém!